Só não muda de idéias
quem não as tem.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

confissões

Sempre me julguei autosuficiente por medo de depender de alguém.
O mais piegas da vida é que criamos certas regras para nós mesmos. Eu, como boa inexperiente, criei minhas barreiras. Não pode fazer isso, não pode dizer aquilo, não pode, não pode e não pode. Não é certo. Mas desde quando eu tenho autonomia para julgar o que é certo e o que é errado?
Estarrecimento. Medo mesmo. Medo de agir errado, medo de escolher errado, e mais medo ainda, de ter medo. Sei que o medo, o sentimento de temor, não é inato. Pela mesma razão, tenho medo de não conseguir evitá-lo.
Curioso mesmo, e ironia do destino comigo. Barreiras como proteção, independência como fuga da carência. O bizarro medo de errar, de ter que estudar demais e não ter tempo, de desafinar no refrão, de decepcionar, de deixar para trás, do arrependimento, de não passar no vestibular, de não ter mais forças quando precisar, de ser tudo em vão.
Incontroladamente sincera e ousada quando não se deve. Tenho medo da minha inconstância, e mais medo ainda da minha tolerância. Não devo provar nada a ninguém, mas cobro de mim em dobro. Não sou perfeccionista, mas sou exigente. Morro de medo da ignorância, da insegurança. Porém, os covardes que me perdoem, mas ainda que com medo, prefiro o extremo do que o meio termo. Eu tenho medo de onde minha essência me levará...
A essas alturas, você deve estar imaginando: "Garota medrosa, tem medo de tudo". Nada mais justo, depois de tal declaração. Mas, meu amigo leitor, demorei para escrever tal texto, porque leva-se um certo tempo para admitir e descobrir coisas a respeito de nós mesmos. E para minha surpresa, descobri que o maior temor que sinto é de mim mesma.

3 comentários:

Anônimo disse...

Esse realmente DEMOROU pra ficar pronto. ;P


Foda, sem mais.

=)

Daniel. disse...

Demorou mas ficou bonitinho. Só acho que há mais pessoas pra se temer além de nós mesmos.

daniel0025 disse...

wohow

que texto foda =DDD