Só não muda de idéias
quem não as tem.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Utopia.

E.< .> u. E

p
r.

o d
d
i
. e !


Um dia a gente aprende!

.

domingo, 22 de junho de 2008

xumaxumaxumá.

"Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando".
Walter Lippmann.

Eu sempre achei que ser normal era bom. Mas quer saber? Eu mudei de idéia. Todos aqueles seus amigos bonitões e suas amigas patricinhas, todos esses grupinhos são ‘normais’ demais para mim. Ao contrário do que muitos vêem, tenho meus amigos, cada um diferente do outro, cada qual a seu modo. E sabe aquela historinha de melhor amigo da 4ª série? Então, ela ficou lá mesmo, pois hoje sinto o maior orgulho em poder dizer que tenho amigos de verdade.
Toda vez que leio um dos meus papéis perdidos, como um daqueles que eu achei outro dia - um papel de halls com uma data ou uma daquelas notinhas fiscais de mercado mesmo - eu percebo o quanto você aprende com o passar do tempo, o quanto aquelas coisas que pareceram idiotas hoje são importantes.
É realmente difícil me surpreender porque eu não espero muito das pessoas e tem funcionado muito agir assim. Sem esperas: sem decepções. Mas sabe o que é realmente engraçado? Eu não espero nada dos outros, mas de mim! Ah coitada da Thais, hahaha. Até hoje tenho colado na porta pelo lado de dentro do meu guarda-roupa uma lista com simples dez ou onze objetivos. Não me pergunte quantos deles eu cumpri, pois até hoje não cumpri nenhum! Para falar a verdade, um só - menos importante.
Outro dia, estava lá eu voltando da casa da minha Avó. Ela mora a uns trinta minutos da minha casa, mas era domingo e sabe como é. Eu havia passado lá, depois do meu grupo de estudos onde as pessoas dormem. Ah, casa de avó é uma delícia! Almocei com ela, tomei um banho (porque até hoje tenho roupas minhas guardadas lá, de reserva) e tirei um cochilo de umas três, quatro horas. Acordei com cara de bolacha, me despedi. Fiquei uns quinze minutos no ponto de ônibus, tava frio nesse dia. Ao menos o microônibus estava vazio, ufa! Ali, enquanto eu espiava uma garotinha amarrando os sapatos, pensei: no que as minhas decisões mudam as coisas? Ou melhor, no que a minha escolha de curso universitário muda a vida de alguém? No papel de bala? Nos meus rabiscos, nas minhas cartas? E quanto as minhas atitudes? E os meus problemas? E minhas vontades? E a minha vida?
E, caramba! Ninguém tem nada a ver com isso! Como é difícil. Eu não sei nada ainda. Não mesmo. Não que eu esteja me referindo à senhora matemática, pois dela eu não entendo mesmo, nem ao meu pobre português, mas ao que a minha existência interfere na vida das pessoas.
O que eu sei é que não gosto da concepção de um ser humano que cresce, estuda, talvez curse uma faculdade, arranja um empreguinho meia boca, compra seu carro popular, daí conhece alguém mais ou menos, logo se casam, ficam endividados pela festa do casamento, daí eles tem um, dois filhos, chegam aos quarenta, lutam pela mísera aposentadoria, ficam velhos e morrem. E nem ao menos passa no noticiário local ou sai no jornal. Quase ninguém fica sabendo que ali havia alguém que deu o sangue para ter uma vida decente, que amou, que criou seus filhos e que um dia existiu.
O difícil mesmo é fazer diferente, ou melhor, o difícil é ser essa diferença. Eu não me preocupo com a palavra FUTURO, porque para mim o futuro é amanhã quando eu acordar às seis e meia da manhã. O meu futuro é a bronca que eu irei levar do meu pai se eu chegar tarde hoje. Eu daqui a dez anos? Prefiro não pensar. Prefiro acreditar que daqui a algum tempo, quando eu não existir mais, eu terei deixado alguma coisa para alguém, nem que seja um gesto ou uma simples e idiota lembrança de alguém que tentou mudar alguma coisa.
Mas por enquanto, eu sei que esse amanhã está longe demais do presente que eu posso ter agora.

Aloha Gueons!

domingo, 8 de junho de 2008

De pára-quedas :)

Inspirar, realçar, sentir, pensar.

Ferreira Gullar
Traduzir-se

"Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo."


Una vida chiLes.

Tudo o que sei devo à alguém. Portanto o que digo, o que penso, o que sou e como faço, vêm de berço.
Dedico tudo que sair de proveitoso desse blog à minha avó. Nadir Reimberg da Costa. Minha senhora. "Bença Vó!"
Agora sim. Podemos começar! a-háa.
Finalmente tomei coragem. Em meio,a televisão,livros,trabalhos,sono,um teclado deliberadamente através de erros,um mouse que não funciona e uma garotinha de lindos cabelos escuros, com cara de anjo, que anda deixando a minha casa de ponta cabeça. Em meio a miojos feitos em microondas, que mais parecem ninhos de passarinho, de tão grudados e bem cheirosos.
Já faz algum tempo que acredito que tudo que acontece não é por acaso. Estranho é pensar que tudo o que vivemos seja em vão, porque hoje mais do que nunca eu vejo que não. E não são aos grandes acontecimentos os quais me refiro não, me refiro aquele dia que a gente saiu pra tomar um açaí. No final de semana que era pra gente sair, e acabou chovendo.
Hoje eu vejo a minha realidade um tanto diferente. Experiência de vida eu não tenho, somente sonhos. Sonhos eu tenho aos montes. Como aquele meu sonho maluco de ir à Cuba antes de morrer, terra de Fidel, de Che também. Ah, eu também tenho que saltar de pára-quedas qualquer dia desses, comer aqueles doces chilenos outra vez, e rir novamente do dia em que a gente arrebentou o chinelo no meio da feira (esse sim foi um acontecimento!).
E um dia eu quero conseguir entender o por quê das coisas serem assim e não assado. Ando lendo Gullar, estudando inglês e esquecendo o espanhol. Ando por aí querendo te encontrar. Ando por aí, por qualquer parte, em qualquer lugar.
Quero ser alguém melhor no futuro, e rir das minhas idéias do presente. Quero um dia cantar pra muita gente. Não quero ser aplaudida, quero apenas ser lembrada.
Quero um vida bem brasileira, mais com uma pitada bem chilena! Quero ser igual, mas também ser diferente, pô! Eu quero sempre mais.

Eu quero a vida agora, para sempre e nada mais !

Thais Melendez ;)