Só não muda de idéias
quem não as tem.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Num início monótono alguém ditou todas as regras do jogo e em seguida todas as gerações, inclusive a nossa, aceitou-as e disse amém. Será?
Pergunto-me a respeito destas tais regras todos os dias da minha vida. Acredito ser impetuoso o receio que todos teem em tocar no assunto. O truísmo é esse:"política, religião e futebol não se discutem!". Sugiro uma vírgula à esta frase e ouso em dizer que são assuntos necessários ao discurso, porque caso contrário, tornam-se imposições a todos nós. Qualquer ser humano tem o direito de ser passível, mas concordo plenamente com aqueles que não são absorvidos pelo todo. Digo mais: admiro aqueles que são curiosos, que tem o ímpeto de questionar e de abrir novos pontos de vista.
Deixo de lado o dito popular e proponho um questionamento: você já se perguntou a respeito da sua fé? Você já se questionou sobre os vícios que mantém? Sobre o amontoado de frases clichês que dizemos a todo momento? Fé, amigo.
Lembro-me de quando era criança, sempre pensei no porque de falarem tão mal da pobre coitada da serpente. Era só uma serpente, um animal como um outro qualquer. Ainda tenho minhas dúvidas a respeito de certas ideologias, mas é claro que meus questionamentos não são mais apenas sobre a teoria criacionista, infelizmente.
A oratória torna-se instrumento de persuasão, chantagem como meio de vassalagem. A idéia é essa: existe um céu e um inferno, se você for bonzinho e penar a vida toda na terra, vai para o céu; caso contrário...bom, vocês já devem saber. Mas não será essa uma forma de nos manter "na linha"? E que senhor tão bondoso será esse que hora nos dá o paraíso, noutrora o inferno? Isso, quando não se aproveitam da ingenuidade de mentes não esclarecidas, pessoas carentes, fazendo milagres e pedindo o dízimo para a construção do "reino de Deus" - e de seus castelos no exterior.
95% da população mundial acredita em uma determinada crença, seja ela qual for. Vejo e me acostumo diariamente a desconfiar de tantos meios para chegar a um único objetivo, a "salvação". E salvação do que? Não consigo acreditar e enxergar a razão pela qual suplicamos a ajuda de um ser superior. É normal ter fé, e se você não tem, você não é um de nós. Diante de tudo, resta-me desconfiar até a última gota da fé que temos ou que nós, pobres seres efêmeros, deixamos de ter.
Pronto, desabafei.